sexta-feira, 30 de julho de 2010

"Nunca desista de viver"

O juiz federal Salem Cury diz: “Se pudesse voltar, prestaria mais atenção aos meus filhos. Estaria bem próximo, bem mais próximo a eles. Acredito que as coisas melhores estão por vir. Acredito que haverá um reencontro, que eu reencontrarei os meus filhos, encontrarei a Josy e que os abraçarei e beijarei”. Salem Cury relançou o livro "O Amanhã será eterno" com um novo nome: "Nunca Desista de Viver". Durante uma entrevista relata como foi a superação da depressão, a tentativa de suicídio, após o trágico acidente criminoso que tirou a vida da sua esposa, dos filhos Salem e Salomão e do amigo dos filhos Matheus, ocorrido em 04/2002. Num fim de tarde, voltando de uma viagem, sua família seria brutalmente arrancada dele. Ele ficara em casa enquanto sua esposa levava para um passeio seus dois filhos e um amiguinho deles. O que era apenas um programa de fim de semana acabou por se transformar em uma tragédia. Um acidente de carro pôs um ponto final naquelas quatro breves existências. Uma emboscada? Vingança? Acerto de contas devido ao cumprimento de suas funções? Salem não saberia dizer com certeza. Sua vontade imediata era a de desistir da vida, se entregar a lamentações e angústias, pensando em tudo que poderia ter sido e não foi. Mas, em um momento sublime, ele compreendeu, como se decifrasse uma mensagem mandada por sua família de onde ela estivesse, que precisava encontrar forças para seguir em frente. As ameaças são apenas alguns dos indícios de que o caso é criminal. Outros são expostos no livro, como uma conversa captada por um telefone celular que confirma a realização do “serviço encomendado contra a família do juiz Cury”. Ou mesmo as estranhas condições em que aconteceu o suposto acidente, descritas no laudo do Núcleo de Perícias Criminalísticas. O motorista que provocou o acidente fugiu e nunca foi identificado.
Abaixo algumas mensagens do livro: - "Levei quatro anos para ter a coragem de olhar todos aqueles acontecimentos bem de frente. Estranha colcha de retalhos”. - “Estava tomado pela amargura. Tão distante de tudo, que até a presença de muitas pessoas me incomodava. Queria ser confortado, mas paradoxalmente tendia a recolher-me em minha concha, caramujo escondido nas profundezas do mar.” - “Era preciso encontrar um jeito de acomodar, no peito, a dor da perda - e essa viverá comigo, eu sei - ao lado da esperança no presente e no futuro. A reconstrução íntima é um trabalho lento e delicado. Mas eu, Salem Cury, sou um exemplo vivo de que ela pode ser feita. Seja qual for a sua devastação. Tenho, hoje, mais forçaspara viver o presente e almejar o futuro. Eu consegui.” - “De um momento para outro tudo se acaba e as esperanças se despedaçam...”“... até que se encontra um motivo para viver e não desistir jamais.” - “Por mais intensas que sejam as adversidades, é preciso enfrentá-las. Se vamos superá-las, depende de nossa insistência. Se vamos vencê-las, depende de nossas forças Se doravante teremos forças, com certeza as teremos e de fato as encontraremos, se realmente as quisermos.”
O então juiz federal, Salem Cury, hoje é professor universitário e recorreu na Justiça a decisão que o afastou do cargo na magistratura. O escritor casou-se novamente e tem dois filhos.
Ficamos com a seguinte lição: “devemos valorizar os pequenos momentos, as pequenas coisas de cada dia, pois não sabemos o dia de amanha. Chico Xavier dizia: “Viver é sempre dizer aos outros o quanto eles são importantes, por que um dia eles se vão, e ficamos com a nítida impressão que não amamos o suficiente.



2 comentários:

  1. Gostei muito da ideia do blog. Espero que continue firme com seu projeto.
    Abs

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  2. Com certeza, a história devastadora que viveu Dr. Salem serve de reflexão.
    Precisamos amar nossos entes mais queridos, e deixar isso bem claro a eles, o tempo inteiro, porque por mais que um dia alguma das partes se vá, a outra ficará com a certeza de que o amanhã será lindo, perfeito e eterno.

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